Atelier Balancê (Contra/Tempo)

Ysaline Ophoff nasceu na Bélgica e reside em Aljezur. Formou-se como arquiteta e acumulou anos de experiência em estúdios de arquitetura belgas. Em 2019, decidiu explorar sua curiosidade pela cestaria e viajou para a Amazônia brasileira, onde mergulhou em técnicas tradicionais de cestaria com artesãos locais. Ao descobrir as diferentes dimensões deste ofício – o saber fazer, a conexão com a natureza e os aspectos sociais e culturais – sua curiosidade e desejo de explorar mais aumentaram. Em 2020, fundou o Atelier Balancê. Sua prática é baseada em conhecimentos ancestrais e tradicionais. Aplica técnicas de cestaria em materiais encontrados, como fibras naturais e cordas descartadas. Com a intenção de valorizar e salvaguardar este saber fazer, compartilha aprendizagens e conhecimentos, transformando-os em novas formas e objetos. Usa suas mãos como ferramentas para entrelaçar pesquisa, artesanato e arte. O Atelier Balancê é uma homenagem à lentidão e ao artesanato tradicional, uma exploração escultural e poética, além de um apelo à consciência ecológica.

 

 
 

 

 

Ysaline Ophoff was born in Belgium and currently resides in Aljezur. She graduated as an architect and gained years of experience in Belgian architecture studios. In 2019, she decided to explore her curiosity for basketry, traveling to the Brazilian Amazon, where she immersed herself in traditional techniques with local artisans. Discovering the various dimensions of this craft—its know-how, connection to nature, and social and cultural aspects—intensified her curiosity and desire to explore further. In 2020, she founded Atelier Balancê. Her practice is rooted in ancestral and traditional knowledge. She applies basketry techniques using found materials such as natural fibers and discarded ropes. Aiming to value and safeguard this craft, she shares her learnings and knowledge, transforming them into new forms and objects. She uses her hands as tools to intertwine research, craftsmanship, and art. Atelier Balancê pays homage to the slowness and tradition of craftsmanship, serving as a sculptural and poetic exploration, as well as a call for ecological awareness.

Duna

Dimensões:

S03: 50 x 35 x 25cm

S04: 40 x 28 x 28 cm

S05: 40 x 36 x 30 cm

S06: 45 x 45 x 30 cm

S07: 36 x 34 x 38 cm

S08: 36 x 34 x 32 cm

S10: 32 x 32 x 26 cm

S11: 30 x 28 x 36 cm

Descrição: Duna, esculturas moldadas por mãos como dunas moldadas pelo vento. Lentamente, intuitivamente, deixando o tempo e os pensamentos fluir. A Palmeira-anã é uma planta resistente, que cresce em terrenos arenosos e rochosos portugueses e resiste aos ventos salgados. Duna é a transformação desta força natural em uma escultura tecida. É uma conversa entre a natureza e o ser humano. A eterna repetição do entrançar e costurar faz-me viajar até uma época em que a empreita estava enraizada no quotidiano rural português. Duna é um compromisso respeitoso com uma cultura que não é a minha. É um humilde pedido de aceitação. Empreita de palma é uma técnica de cestaria tradicional do Algarve, que utiliza folhas de palmeira da Palmeira-anã. No início do verão as folhas estão apanhadas. Guiadas pelo ritmo da natureza, secam durante um mês: com o calor do sol e a humidade da noite, o verde escuro das palmas vira bege pálido. As folhas secas estão trançadas em uma longa fita e depois cosidas em uma forma.

Sizes:

S03: 50 x 35 x 25cm

S04: 40 x 28 x 28 cm

S05: 40 x 36 x 30 cm

S06: 45 x 45 x 30 cm

S07: 36 x 34 x 38 cm

S08: 36 x 34 x 32 cm

S10: 32 x 32 x 26 cm

S11: 30 x 28 x 36 cm

Description: Duna, sculptures shaped by hands like dunes shaped by the wind. Slowly, intuitively, allowing time and thoughts to flow. The dwarf palm is a resilient plant, growing in Portugal’s sandy and rocky terrain, and withstanding salty winds. Duna transforms this natural strength into a woven sculpture—a conversation between nature and humanity. The eternal repetition of braiding and stitching transports me to a time when empreita was embedded in the rural Portuguese daily life. Duna is a respectful commitment to a culture that is not my own. It is a humble request for acceptance. Empreita de palma is a traditional basketry technique from the Algarve, using leaves from the dwarf palm. At the beginning of summer, the leaves are harvested and, guided by nature’s rhythm, dry over a month: with the sun’s heat and the night’s humidity, the deep green of the palms turns to a pale beige. The dried leaves are braided into a long strip and then sewn into form.