Comprem português, comprem português, comprem português!
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Hoje trazemos um texto que escrevemos para a plataforma Património.pt e que não queríamos deixar de partilhar aqui!

Comprem português, comprem português, comprem português!

Nunca se ouviu tanto esta frase, que dá titulo a este texto, como nos últimos meses. Será esta a lição que vamos tirar da pandemia que nos virou a vida de pernas para o ar? Aprender a valorizar o que é nosso, entender de que forma isso estimula as economias locais e, acima de tudo, de que forma isso nos conecta com a nossa identidade?

Um pouco por todo o país, surgiram projetos de valorização dos produtos portugueses: novas lojas online, novos mercados online, novas plataformas de mapeamento de projetos nacionais, desde marcas da indústria até às oficinas mais pequenas.  Percebemos que é o momento de deixarmos de falar para um nicho e começarmos a falar para o grande público.

E de que forma isso vai atrair o consumidor para o MANUAL?

Numa época plenamente digital, os mercados e os consumidores procuram cada vez mais produtos “feitos à mão”. Produtos que transmitam uma identidade cultural mas renovados com uma estética contemporânea. Um regresso às origens através dos significados e histórias por trás das peças enquadrados num contexto de modernidade.

O grande público entende agora que o artesanato está a mudar. Da tecelagem à moda, da escultura em madeira e em pedra à cerâmica, do mobiliário à joalharia – estas e muitas mais atividades estão, neste momento, a reinventar-se com critério. Com identidade, personalidade e paixão.

Temos constatado que os padrões de consumo estão a mudar e que sempre que compramos uma peça compramos também as memórias e as histórias que vêm com ela. Cada vez mais o consumidor procura essa economia de afeto, conceito desenvolvido pelo criativo brasileiro Jackson Araujo, que demonstra que, muito mais que uma peça, o comprador procura algo que esteja em sintonia com a sua individualidade.

Por isso, queremos aproveitar que o consumidor está sensível a estas questões para dar 3 razões para apoiar o MANUAL

1 – Comprar MANUAL é apostar na qualidade acima de quantidade.

Quando falamos de consumo sustentável, reduzir é a palavra chave. Compre conscientemente uma peça intemporal que não se rege por tendências.

2 – Produção SLOW / LENTA

O MANUAL é inerentemente lento. Todo o processo de produção está ligado a inúmeras variáveis nomeadamente ciclos de colheita e tempo de produção. Além destas variantes, muitas destas marcas trabalham em torno de uma filosofia slow. A valorização do detalhe, a perfeição das peças à mão aliadas a um compromisso de termos peças únicas, mais duráveis e que não se regem por preços de mercado altamente manipulados.

3 – Ao comprar MANUAL está a mudar a sua relação com objeto.

Conhecendo e reconhecendo a complexidade, a paciência e o tempo que um ofício exige, a nossa perspectiva e a nossa forma de consumo altera. Um produto de produção não é apenas mais um produto. É um produto que conecta um artesão ao consumidor. Um consumidor que valoriza uma história, uma cultura e a identidade de um país que está por trás do que está a comprar!