Vasco Águas
O barbudo já não está aborrecido
Vasco nasceu em Lagos mas mudou-se para Lisboa há 20 anos para estudar arquitetura; entretanto trabalhou em design de interiores e como produtor e criou cenários para cinema e televisão. É fascinado por lojas de segunda mão, lojas de ferragens e bricolage. Uma de suas memórias mais distantes é, quando criança, passar horas a ver o seu avô Águas fundir folhas de chumbo e transformá-las em chumbadas que mais tarde usava para pescar. Ou encantar-se com os desenhos que a avó Cecília fazia para depois transformar em incríveis bordados. À semelhança destas, há outras memórias e histórias deste avô paterno e desta avó materna, cujas habilidades cedo o despertaram para os mais diversos ofícios e para a necessidade de os manter vivos. Desde 2002, desenvolve diversos projetos relacionados ao design gráfico, seja na criação de imagem corporativa para pequenas empresas ou na criação de material gráfico para espetáculos teatrais e fotografia de cena. Em colaboração com o atelier de conservação e restauro Portal de S. Domingos e o atelier Artéria – Arquitectura e Reabilitação Urbana, realizou algumas peças de mobiliário, nomeadamente parte do mobiliário da Ermida de S. Sebastião, em Almada. Desde 2018 que desenvolve alguns projetos de instalações e concebe estruturas expositivas para a concept store do Banema Studio no Porto. Em 2016 criou o seu projeto de arte têxtil com André Matos, tendo desde então desenvolvido tapeçarias de média e grande dimensão, em que Vasco funde as técnicas do macramé e da tecelagem manual, essencialmente para coleções particulares e alguns espaços públicos como hotéis e restaurantes. Além de um grande número de artistas e artesãos anônimos que segue e admira, destaca como principais inspirações as artistas Sheila Hicks, Anni Albers, Ann Hamilton e Beatriz González.