
Desenvolve, desde 2016, tapeçarias de média e grande escala, e mais recentemente através da escultura têxtil, sobre o tema das paisagens — as “Paisagens Têxteis” —, um trabalho em constante desenvolvimento, com diferentes camadas de informação, e transversais aos suportes e técnicas utilizadas; um registo das suas memórias sobre territórios percorridos. A série intitulada “Territórios de Infância”, em desenvolvimento, começa num lugar íntimo e pessoal, no registo das memórias de infância e início de idade adulta, sobre um território — o Algarve, no sul de Portugal — onde nasceu e cresceu, até se mudar para Lisboa, há 28 anos, onde estudou arquitetura. Entre 2022 e 2023, Vasco realizou a curadoria de múltiplas exposições que incidiram especificamente sobre o tema da arte têxtil e as suas diversas abordagens. Estas exposições tiveram, e têm, como objetivo mostrar a importância da arte informada pelo têxtil e o seu significado para o contexto da arte contemporânea. Para além de um grande número de artistas e artesãos anónimos que segue e admira, destaca as artistas Anni Albers, Sheila Hicks, Ann Hamilton, Guida Fonseca, Ana Rita de Albuquerque, Beatriz González, Adriana Meunié, Adrian Pepe e Sergio Roger como principais inspirações, não só pelo trabalho que desenvolvem, mas também pelos caminhos que desbravaram e pelas barreiras que ultrapassaram.
Since 2016, Vasco has been developing medium and large-scale tapestries, and more recently, through textile sculpture, focusing on the theme of landscapes—his “Textile Landscapes.” This ongoing work features various layers of information and crosses different supports and techniques, serving as a record of his memories of the territories he has traversed. The series “Territories of Childhood,” currently in development, begins in an intimate and personal space, capturing childhood and early adulthood memories of the Algarve, in southern Portugal, where he was born and raised before moving to Lisbon 28 years ago to study architecture. Between 2022 and 2023, Vasco curated multiple exhibitions specifically focused on textile art and its diverse approaches. These exhibitions aim to showcase the significance of textile-informed art and its relevance in the context of contemporary art. In addition to numerous anonymous artists and craftsmen he admires, he highlights artists such as Anni Albers, Sheila Hicks, Ann Hamilton, Guida Fonseca, Ana Rita de Albuquerque, Beatriz González, Adriana Meunié, Adrian Pepe, and Sergio Roger as key inspirations—not only for their work but also for the paths they have forged and the barriers they have overcome.
Piteira

Dimensões: Díptico 240 x 160 cm (120 x 160 cm /cada painel)
Técnicas e materiais: Burel, pano cru. Patchwork, bordado.
Descrição: “Territórios de Infância”, da série Textile Landscapes, é um tributo ao poder da narrativa das memórias e dos locais que nos moldam. Mapas topográficos que revisitam e retratam o local de nascimento, a casa de infância, as férias, e as escapadelas de fim de semana do autor — sítios onde passou a maior parte dos seus anos de formação e onde criou inúmeras memórias. Com a série Territórios de Infância, Vasco Águas pretende criar imagens que sejam guardiãs da própria memória. Este díptico é uma celebração da beleza resistente da planta agave americana, a “Piteira”. Um símbolo da paisagem agreste e do espírito forte do Algarve. A memória das silhuetas das suas folhas erguidas contra o céu azul, do seu corpo espesso e carnudo, da sua beleza robusta, da sua resiliência e dos seus dramáticos picos com flores. Mais do que uma planta, uma metáfora para esta ligação à terra e às raízes do autor. Um tributo à influência duradoura da natureza nos seus anos de formação.
Size: Diptych 240 x 160 cm (120 x 160 cm /each panel)
Techniques and materials: Burel fabric, raw cloth. Patchwork, embroidery.
Description: “Territórios de Infância,” from the Textile Landscapes series, is a tribute to the power of memories and places that shape us. Topographic maps revisit and depict the author’s birthplace, childhood home, vacations, and weekend getaways—places where he spent most of his formative years, creating countless memories. With Territórios de Infância, Vasco Águas aims to create images that serve as guardians of memory. This diptych celebrates the resilient beauty of the agave americana plant, known as the “Piteira.” It’s a symbol of the rugged landscape and strong spirit of the Algarve. The memory of its upright leaves silhouetted against the blue sky, its thick, fleshy body, its robust beauty, resilience, and dramatic flower-tipped spikes. More than just a plant, it is a metaphor for the artist’s connection to the land and his roots—a tribute to the lasting influence of nature on his formative years.